No último fim de semana, a Stock Car Brasil esteve em Brasília para a disputa da 10ª etapa, a segunda da Superfinal, que define o grande camepão da temporada 2009. Dentro da pista, o japonês voador, Allam Khodair foi o mais rápido durante os treinos livre, classificatório e, claro, na corrida. Venceu de ponta a ponta e subiu bem na classificação geral. Restando duas provas para o fim, ele deixou de ser o décimo e agora é o quarto colocado no geral. Cacá Bueno chegou em terceiro e colocou a mão na taça ao somar 267 pontos, contra 243 dos vice-líderes, Ricardo Maurício e Thiago Camilo. No entanto, não é bem sobre a reta da final que interessa aqui. Como já havia acontecido em duas provas no ano de 2009, a equipe candanga Amir Nasr Racing (ANR) ficou de fora da etapa. O motivo? Falta de grana! O assunto foi repercutido em sites, jornais e também no portal oficial da categoria, www.stcokcar.com.br.
Também, pudera. Com 30 anos de automobilismo, essa foi a única vez em que a ANR passou por uma difilculdade financeira tão grande que a deixou de fora de corridas. Para entrar na pista com os dois carros e alinha no grid, o proprietário da equipe candanga, Amir Nasr, diz que é necessário no mínimo R$ 200 mil. Um valor, segundo ele, normal para uma categoria que dispõe de tanta tecnologia e investidores. Então qual seria o problema? Amir aponta a crise econômica mundial. Para ele, nenhum setor sentiu tanto quanto o das montadoras de automóveis. “Essa crise é verdadeira. O segmento automobilístico foi o mais atingido por ela. Se pegarmos a Fórmula 1 como exemplo, veremos que a Honda, a Toyota, até a Renault está ameaçando, deixaram de competir porque não tinham mais capital”, explica Amir Nasr.
A Toyota foi a última das marcas japonesas a deixar o automobilismo. Ela se uinu a outras marcas japonesas que decidiram abandona, como Honda na Fórmula 1, em 2008, e Suzuki e Subaru no Mundial de Rally. "Ao considerar as atividades de competição para o próximo ano e além, em médio prazo, Toyota Motor decidiu retirar-se da Fórmula 1, levando em conta a grave situação econômica atual", afirmou o fabricante japonês, em nota oficial publicada no site. Mais do que uma “simples” retirada das categorias, quem sofre mais são os funcionários da empresa. No caso da Amir Nasr Racing, 30 homens trabalham exclusivamente pela equipe e com a retirada dela da maior categoria de automobilismo brasileira – decisão ainda a ser tomada – Amir já adiantou que perderá pelo menos 70% deles.
O mesmo acontece com a Toyota, a última a deixar a Fórmula 1. De acordo com notícia divulgada no goboesporte.com, com informações da revista alemã "Auto Motor und Sport", a Toyota pode cortar 550 funcionários de sua divisão esportiva. De acordo com um membro da equipe japonesa, apenas 150 continuariam a trabalhar no local, dos 700 atuais.
O curioso nisso tudo é saber o porquê as empresas privadas e estatais não contribuíram com o time candango. Enquanto o BRB arca com despesas de Gama, Brasiliense e Universo, que ouso a dizer não têm a metade da visibilidade da Amir Nasr, que tem contratos altos, visibildiade de uma Rede Globo e atrai mais de 40 mil pessoas ao autódromo Nelson Piquet, a empresa simplesmente manda um e-mail dizendo que o presidente barrou a proposta de patrocínio. É lamentável!
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
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